Educação é antes de tudo arte!
Arte de sentir, arte de ser, arte de conhecer... É ser curioso, é não aceitar a simples resposta: porque é assim!
Educação é mais do que ser cortês, é desejar alterar as fronteiras do conhecido para adentrar o desconhecido, é humanizar-se, é evoluir em atitudes e comportamentos.
Educar-se é estar constantemente trilhando o caminho do desenvolvimento, e esse caminho não é solitário, é conjunto!

Vamos juntos trilhá-lo!


domingo, 2 de janeiro de 2011

Viver pelos que estão vivos


Eu já escrevi sobre esse tema aqui, mas volto a ele nesse momento propício de início de ano, no qual todas as mensagens dizem invariavelmente a mesma coisa, como na fala de Timão e Pumba no filme de animação O Rei Leão: “deixe o passado para trás – Hatuna Matata”. E esse assunto não veio como folha ao vento, sem rumo. Depois do dia de ontem, 1⁰ de janeiro, marcado por grandes acontecimentos históricos: posse da primeira mulher a assumir a presidência da república brasileira e de hoje começar o dia lendo Pedro Homem de Melo dizendo em seu poema Não Choreis os Mortos: “Não choreis nunca os mortos esquecidos (...)E, quando à tarde, o Sol, entre brasidos, /Agonizar… guardai, longe, as doçuras /Das vossas orações, calmas e puras, /Para os que vivem, nudos e vencidos. /Lembrai-vos dos aflitos, dos cativos, /Da multidão sem fim dos que são vivos, /Dos tristes que não podem esquecer. (...)”, penso com olhar parecendo perdido, mas apenas absorvido pelas diversas situações a que se prestam nossas vidas, a minha, a sua, dos outros, nas diferentes possibilidades de aplicação daquelas palavras.

Pois bem, a mensagem não é para os outros, antes e principalmente é para a minha vida. Aprender a deixar o passado morto para trás, guardar as glórias, mas caminhar, pensar e realizar pelos que na minha frente estão. Deixar os ausentes da minha vida como estão, lá. E começar a escrever um novo caminho com a multidão viva que se apresenta a minha frente, ao meu redor.

Parágrafo egoísta, em quatro frases, quatro referências possessivas “minha”.

Bom sinal, sinal de que começo a praticar a mensagem do que escrevo – aprender a deixar de viver somente para os outros, pelo bem estar do outro. Ter consciência de que devo sempre fazer o bem pelos que me rodeiam, desde que isso não custe a perda da minha paz interior.

A grande sacada é saber que vou caminhar algum trecho meio perdida, pesarosa pelos que consciente ou inconscientemente foram embora da minha vida, mas que guardo de longe as doçuras que ficaram de um tempo nem tão perdido assim.

Presidenta eleita, faço parte dessa história política, econômica e social brasileira – acho que vou fazer como Pedro sugeriu: “não choreis pelos mortos esquecidos, (...) lembrai-vos dos aflitos, dos cativos, da multidão sem fim dos que são vivos(...)”. Neste novo ano de 2011 tenho o compromisso de viver pelos vivos da minha vida, por aqueles que estão presentes e que precisam de algo que eu possa oferecer, deixar esquecidos no passado os mortos, ausentes e apáticos: Viver pelos que estão vivos!

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